domingo, 30 de agosto de 2009

CONTINUA O TREINO - F4

Alarme de incêndio no compartimento.......!!!!! Estava assim dado inicio a mais um exercício de treino da guarnição. Neste caso tratava-se de um F4 (Incêndio em espaço de máquinas), e o sinistro teve lugar na casa das turbinas.

Depois da 1ª acção, segue-se a 2ª e 3ª acção para continuar o combate ao incêndio, que se está a revelar muito difícil e a atingir contornos alarmantes.

Confirma-se que o incêndio está fora de controle e a casa das turbinas é isolada e procede-se ao disparo de halon, e o navio passa á condição geral 7 (postos de emergência).

No decorrer do sinistro são registados dois feridos que são de imediato levados para a enfermaria principal e para a de combate situada no refeitório nº1.

Na enfermaria principal o Médico de bordo presta a assistência ao ferido com a ajuda de dois socorristas.

Na enfermaria de combate e sob a supervisão da Enfermeira, o outro ferido é assistido por outros dois socorristas.

Todas estas situações são de imediato relatadas para o comando, para que tudo seja monitorizado ao segundo, e se possa minimizar ao máximo os efeitos negativos desta situação.

As equipas de LA reúnem-se para o briefing de reentrada, enquanto os termómetros de antepara vão registando as temperaturas dentro do compartimento das turbinas e compartimentos adjacentes.

No destacamento LA (Limitação de Avarias) AR (a ré) o quadro vai sendo preenchido pelo registador sob o olhar atento do chefe de destacamento, e toda a informação é passada ao MCR (Machine Control Room).

Terminado o briefing de reentrada, é altura das equipas voltarem a equipar-se e regressar ao compartimento das turbinas, para confirmar se o disparo de halon foi efectivo e o incêndio se encontra extinto, como indicam os termómetros de antepara.

Chegadas ao local, as equipas iniciam os procedimentos de segurança antes de procederem á reentrada.

Um após outro, a equipa lá entra na casa das turbinas com as linhas de mangueira em carga para combater eventuais reacendimentos, ou para apagar um ou outro foco de incêndio.

Confirmado que o incêndio está extinto, é altura de se ouvir ao ETO (Equipamento de Transmissão de Ordens) «Guarnição, autorizado a aliviar anti-flash, prioridade carregamento de ARA's (Aparelho de Respiração autónoma) e arrumação de material». Tinha chegado ao fim mais um exercício, inserido no treino próprio do navio.

Fotos: Carlos Dias (SPRS)

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

CONTINUA O TREINO - BOARDING

Continua o treino tendo em vista as próximas missões em que o navio irá ser empenhado, e desta feita o treino foi dedicado ao treino das equipas de boarding e vistoria.

Aproveitando a presença do nosso reabastecedor FGS Rhoen as equipas de boarding e vistoria foram lançadas da Fragata Álvares Cabral através de RHIB (Semi-rígida).

Chegada a bordo é altura de combinar estratégias por parte da equipa de boarding (constituída por Fuzileiros) por forma a garantir a sua segurança e a da equipa de vistoria (constituída por elementos do DPE - Departamento de Propulsão e Energia, liderada por um oficial de bordo) .

A ponte do navio é o primeiro espaço a ser vistoriado, e sempre com a presença de elementos de bordo segue a vistoria por todos os compartimentos, com o objectivo de encontrar algo suspeito. A equipa de vistoria é acompanhada por elementos do pelotão de abordagem (Boarding).

O regresso á "mãe" (Fragata Alvares Cabral) é feito por helicóptero, pelo sistema de guincho, onde o operador de sistemas (Sar T Saloio) e o recuperador (Sar U Lourenço) desempenham um papel importantíssimo.

Um a um todos os elementos da equipa de vistoria são içados para bordo do "Rogue" sempre sobre o olhar atento do Sar U Lourenço.

Chegado a bordo da aeronave, o ultimo elemento da equipa é tempo de voar de regresso á "mãe", terminada que está mais uma missão (neste caso, mais um treino).

Na foto o "Rogue" nos finais para aterragem na Fragata Alvares Cabral, onde irá permanecer em alerta 20 no spot (no convés de voo, com um prontidão de 20 minutos).

Fotos: Carlos Dias (SPRS)

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

HOMEM AO MAR - II

De regresso ao exercício de MOB (Man over Board) Homem ao mar, hoje apresentamos a recolha por mergulhador. Desta feita foi usada uma bóia em vez do "Oscar" (boneco utilizado no treino). Após o sinal de alarme o mergulhador de bordada, e depois de conhecer todos os pormenores necessários, lança-se ao mar pelo bordo onde ocorreu a queda.

Após chegar á agua, faz o sinal de "ok" para o seu supervisor de mergulho que se encontra a bordo.

De seguida de braçada em braçada sempre com o naufrago á vista, dirige-se para a posição.

Quando chega ao pé da vitima, atira-lhe o "horse colar", e prepara-se para o trazer de volta ao navio.

Ao chegar junto do navio, a rede está pronta para receber o mergulhador e a vitima, para posteriormente serem içados para bordo.

Após serem içados, a equipa médica aguarda a vitima para prestar a assistência necessária. Estava assim terminado mais um exercício inserido no treino próprio da guarnição.

Fotos: Carlos Dias(SPRS)

HOMEM AO MAR

Homem ao mar, homem ao mar, homem ao mar por estibordo, recolha por semi rígida. Estava assim dado inicio a mais um exercício de treino e adestramento da guarnição para este tipo de situação.

Após ser dado o alarme, a equipa de quarto para esta operação entra em acção, pois todos os segundos são importantes, e se for em águas com temperaturas baixas o tempo de sobrevivência do naufrago diminui significativamente.

Depois de colocada na água, a embarcação desloca-se a toda a velocidade rumo ao naufrago, que se mantém á superfície, emitindo sons e fazendo gestos para ser detectado.

A equipa de salvamento chega junto do naufrago e inicia as manobras para que a sua recolha seja efectuada em segurança.

Depois de agarrado o naufrago é tempo de o içar para a embarcação com o máximo cuidado para não causar lesões, ao mesmo tempo vai sendo mantido o dialogo com a vitima para que a mesma sinta que está segurança.

Quando chega á embarcação o naufrago é assistido por um socorrista que faz parte da tripulação.

Por fim a embarcação é içada para bordo, e o naufrago transferido para a enfermaria onde o corpo clínico o espera. Desde que foi dado o alarme, até o naufrago chegar a bordo passaram 07 minutos. De salientar ainda que a recolha do naufrago poderá também ser efectuada por mergulhador ou por helicóptero, mas falaremos delas noutro post.

Fotos: Carlos Dias (SPRS)

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

ONDA VERDE INVADE MEDITERRÂNEO

Sócios, adeptos e simpatizantes do Sporting Clube de Portugal reuniram-se na passada sexta-feira, para um jantar convívio, onde reinou a boa disposição e onde se pode discutir o momento menos bom da equipa sénior do clube.

Meia centena de convivas, vestiram as camisolas, puseram cachecóis ao pescoço e á cintura e com dedicação lá foram provando o repasto confeccionado pela equipa de cozinheiros de bordo, onde o leitão e o camarão foram cabeças de cartaz.

Como é apanágio do Sporting, caras bonitas embelezaram o convívio, com o seu sorriso e simpatia.

O Cab TFH Brito chefe da cozinha e confesso Benfiquista, não se recusou a tirar uma foto com o adversário, que o convidaram como forma de agradecer o bom repasto que ele e "sus muchachos" nos proporcionaram.

Fotos: Carlos Dias (SPRS)

sábado, 22 de agosto de 2009

O PRIMEIRO RAS COM O FGS RHOEN

Depois de na 1ª fase da SNMG1, o FGS Spessart ter sido o nosso reabastecedor, agora nesta 2ª fase é o seu irmão FGS Rhoen. E assim sendo aqui fica o registo do primeiro RAS com o navio Alemão.

Depois da aproximação, comparação de agulhas e todos os procedimentos efectuados, e já lado a lado foi a altura de começar a passar cabos, e como é usual a pistola lança cabos dispara para a passagem da linha que depois irá trazer o primeiro cabo.

Depois de chegada a bordo é altura de começar a "meter dentro", sempre sobre as ordens do homem das raquetes que desde o reabastecedor vai dando indicações aos elementos da guarnição, que fazem parte da condição.

Após a passagem das linhas de distância, linhas telefónicas, cabos cadeira, etc, é a altura do "probe" que ira acoplar no receptor para inicio da bombagem.

Terminada a bombagem, que pode levar largos minutos (depende da quantidade de combustível a embarcar), é altura de recolher todos os cabos passados, para cada navio seguir o seu rumo em segurança.

Nas asas da ponte, o manobra é supervisionada por vários elementos da guarnição, entre eles o Supervisor de Sinais (Sar C Belo), responsável pelas comunicações visuais entre os dois navios.

Por fim e já com tudo safo, é a altura de cada navio regressar á sua area de patrulha, terminado que está mais um reabastecimento no mar (RAS).

Fotos: Carlos Dias (SPRS)

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O PÔR DO SOL

Podem parecer todos iguais, mas para quem como nós que tem o privilégio de os observar em pleno oceano e em diferentes latitudes, podemos afirmar que são todos diferentes e todos com a sua beleza própria. Este pôr-do-sol aconteceu no Mediterrâneo e ficou registado através da objectiva de Carlos Dias.

Foto: Carlos Dias (SPRS)

terça-feira, 18 de agosto de 2009

X - DECK NO USS STEPHEN W GROVES

Sábado dia 15 de Agosto, foi o dia escolhido pelo Destacamento Rogue, para efectuar o Cross Deck com o USS Stephen W Groves.

Este exercicio/treino tem como objectivo, familiarizar os pilotos com o flight deck do navio e para as equipas de bordo efectuarem treino e conhecerem os procedimentos a efectuar com este tipo de aeronave durante as operações de voo.

O facto da Marinha dos Estados Unidos não possuir este tipo de aeronaves, torna este tipo de exercício/treino mais importante ainda, até pelo facto nos próximos meses o flight deck do SW Groves ser o spare deck do Rogue.

Tudo foi treinado, até que houvesse a certeza que nada tinha sido descurado. Desde os procedimentos do FDO (Flight Deck Officer), como as comunicações efectuadas entre o deck e o HC.

A alimentação primária a fornecer á aeronave antes de os motores serem postos em funcionamento, foi outros dos pontos focados.

Um dos pontos mais importantes e que foi amplamente treinado foi o reabastecimento de combustível, tendo para tal o Sar MQ Barros do destacamento Rogue deslocado-se a bordo para transmitir os seus ensinamentos aos camaradas americanos.

E como se de uma aula prática se tratasse no final da explicação, o Rogue foi reabastecido, tendo a operação corrido como mandam todos procedimentos e regras de segurança.

No final a tradicional foto de família, com as equipas de bordo e os pilotos do Rogue.

O Sar T Saloio, operador de sistemas foi também um dos formadores que se deslocaram a bordo do navio americano para transmitir ensinamentos na sua área.

Quem aproveitou a boleia foram dois elementos do Staff da SNMG1, o Supervisor Rádio (SAJ C Gavancho) e o Técnico de Redes e Link 11 (1SAR R Rodrigues), que junto dos seus homónimos americanos "limaram pequenas arestas", por forma que a componente operacional e o C2 (Comando e Control) seja mantido nos mais elevados padrões. O 2SAR U Lourenço (Recuperador) também na foto foi o outro elemento do destacamento que aproveitou o treino para se familiarizar com a equipa de voo.

Fotos: 1Sar T Saloio/2Sar U Lourenço (Destacamento Rogue)