sexta-feira, 30 de outubro de 2009

EU E A MINHA MÁQUINA

(Voo do Ícaro)

(Estava mesmo a precisar de descansar um pouco)

(Na Ilha de Malta, é lei)

(Curva apertada à esquerda)

(A ejecção do invólucro)

(Gulodices)

Fotos: Carlos Dias (SPRS), José Marques (SAWPJ) e Francisco Gavancho (SCRS)

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

DPE - TURBINAS A GÁS

As turbinas a gás que equipam as Fragatas classe Vasco da Gama são do fabricante General Electric, modelo LM2500, que debitam uma potência máxima de 19710 Kw - 26.800 Cv, levando o navio a uma velocidade máxima de 32 nós (cerca de 60 km/h) com um deslocamento de 3200 toneladas.

(Verificações tecnicas, aperto das VSV's)

No âmbito da manutenção planeada/preventiva que se efectua a bordo são efectuados testes de diagnóstico e substituição atempada de orgãos defeituosos, ou seja

(Mudança de óleo do motor de arranque)

implica a substituição de artigos ou a utilização de ferramentas ou aparelhagem de prova da dotação de bordo, incluindo os ajustamentos,

testes de diagnóstico e substituição atempada de orgãos defeituosos, afinações e provas finais (feito pelo pessoal de bordo).

Fotos e texto: Penim Garcia (SAR MQ)

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

ILHA DE CRETA - SOUDA BAY

Já era noite quando atracamos na Ilha de Creta - Souda Bay (Κρήτη - Κόλπος της Σούδας). Com esta escala chega ao fim mais uma missão, neste caso a Operação Active Endeavour (OAE).

Esta paragem na Base Naval de Souda, tem como objectivo principal a correcção de pequenos problemas de ordem técnica, apoio logístico e claro o descanso da guarnição, antes da partida para a próxima e mais longa etapa desta missão.

A capital de Creta é Iraklion (Ηράκλειο), mas a localidade mais próxima é Chania (Χανιά), dista cerca de 20 km da Base Naval, e é por lá que os elementos da guarnição aproveitam para recarregar baterias.

Com vários monumentos, Xávia convida todos os visitantes a um passeio calmo e, onde poderá encontrar a tranquilidade de uma cidade mediterrânica e uma temperatura amena.

Nas várias esplanadas que circundam a baía, poderá refrescar-se com uma bebida fresca, ou provar as várias especialidades gregas que são colocadas á sua disposição.

Na praça central a azáfama é bem diferente da que encontramos por aqui em pleno verão, agora com o Inverno quase a chegar o movimento é menor, o que permite uma visita mais promenorizada aos locais de interesse, sem que tenha que esperar nas sempre "aborrecidas" filas.

O Farol Veneziano do sec. XV dá as boas vindas, ou deseja boa viagem aos inúmeros marinheiros que por aqui passam, seja em navegação de recreio, sem na faina da pesca. Para terminar Chania é considerada a cidade mais bonita de Creta.

Fotos: Manuel Neto (SAR MQ/HL)

sábado, 24 de outubro de 2009

O ATAQUE DO MEXILHÃO

As fragatas classe Vasco da Gama tem a ré do CO (Centro de Operações), vários contentores onde podemos encontrar o Centro de Comunicações, Central Transmissora, e os contentores dos Radares DA08, MW, e dos Stirs (Radares de Tiro). Todos estes contentores são refrigerados pelos ACU's (Air Conditioner Units).

Estes equipamentos são responsáveis por manter as temperaturas a rondar os 17/18º C no interior dos contentores. Utilizando a água salgada como um dos elementos principais para essa função, necessitam de manutenção regular no que concerne à remoção das centenas/milhares de mexilhões que nos encanamentos encontram um excelente habitat.

Entrando nesses mesmos encanamentos ainda na forma de embrião, acabam por se desenvolver no interior, causando a obstrução dos mesmos e o deficiente funcionamento. É aí que a "Brigada do Mexilhão" comandada pelo Sar MQ Nordeste Oliveira e "sus muchachos" entra em acção para remoção dos mesmos. Foi o que aconteceu durante o transito para La Valletta, onde a brigada retirou dos encanamentos o mexilhão que as fotos documentam.

Fotos: Paulo Pereira (CAB E)

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

DPE - MAQUINEX

O Maquinex é um exercício realizado ao nivel do DPE (Departamento de Propulsão e Energia) e tem como objectivo o treino/adestramento dos elementos deste departamento no que concerne à reparação de avarias a nível da propulsão e que podem por em causa a operacionalidade do navio.

A propulsão do navio fica a dever-se a dois motores diesel e duas turbinas a gás, que podem funcionar sozinhos ou agrupadas, isto devido ao sistema CODOG (Combine Diesel or Gas).

Sendo um motor e uma turbina para cada linha de veio pode funcionar assim o navio funcionar com propulsão cruzada, ou seja uma turbina a um veio e o motor a outro.

Neste tipo de exercício, para além da parte de reparação da anomalia, é activada também a BIR (Brigada de Intervenção Rápida), no intuito de evitar algum acidente que possa resultar, como por exemplo, incêndio a nível das máquinas.

Fotos: Paulo Pereira (CAB E)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

DPE - GERADORES

O Sailors vai hoje mostrar o DPE (Departamento de Propulsão e Energia), para que os nossos visitantes possam conhecer um pouco, aqueles que tornam possível estas missões, através da produção de energia e de fazer rodar o "parafuso" (veio/hélice) na gíria naval.

Começamos pela parte de produção de energia, nomeadamente os geradores. O navio possui quatro geradores, distribuídos da seguinte forma, 2 AV (a vante) e 2 AR (a ré), que produzem a energia necessária para a operacionalidade do navio, funcionando normalmente dois de cada vez.

Estas fotos referem-se a uma intervenção efectuada nos GE AR (geradores de ré), no passado dia 29 de Agosto, e foram registadas pela objectiva do fotografo de bordo, Paulo Pereira.

A intervenção ocorreu no motor onde o gerador está acoplado. Esta operação ocorreu tendo como objectivo a correcção de uma anomalia que limitava a produção de energia a partir deste gerador. De salientar que a mesma foi efectuada com sucesso tendo o navio retomado toda a sua operacionalidade.

Fotos: Paulo Pereira (CAB E)

domingo, 18 de outubro de 2009

ESTREITO DE MESSINA

Estreito do mar Mediterrâneo que estabelece a comunicação entre o mar Tirreno e o mar Jónico e separa a Calábria, na Itália continental, da Sicília. Apresenta 32 km de comprimento.

Foi na viagem de Toulon para Malta, que a SNMG1 atravessou este estreito. Dia 06 de Outubro fica assim registado no diário náutico dos navios da força como o dia em que se cruzou mais um local mítico do Mediterrâneo, exactamente no mesmo dia em que navegamos ao largo do Stromboli.

De tempos a tempos, debate-se na Itália, a construção de uma ponte que ligaria o continente á Sicília.

Se a mesma vier um dia a ser construída, será a maior ponte de arco simples do mundo. com uma envergadura de 3300 metros e os avanços tecnológicos tornam esta hipótese cada vez mais provável.

O mais recente projecto estava programado para começar em 2006, com uma duração de seis anos e um custo total de 4,6 biliões de euros.

Alguns dos elementos do Staff, não quiseram deixar passar a oportunidade para ver ou rever estas paisagens. Para terminar deixamos a informação que no estreito de Messina é comum produzir-se a ilusão óptica conhecida como Fata Morgana.

Fotos: Francisco Gavancho (SCRS)

sábado, 17 de outubro de 2009

RAS MÚLTIPLO

Já por algumas vezes publicamos posts sobre Ras (Replenishment At Sea), e desta feita voltamos ao mesmo tema, para falarmos do ultimo reabastecimento efectuado, um Ras múltiplo.

Foi no decorrer da presente missão, em que o Rogue (Heli orgânico) da Fragata Álvares Cabral, aproveitou para fotografar a operação, entre o Reabastecedor de Esquadra FGS Rhoen da Marinha Alemã, a Fragata Álvares Cabral e a Fragata Espanhola ESPS Mendez Nunez.

Fotos: José Marques (SAWPJ)

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

CHIBAS PUB

Provavelmente o local mais enigmático de todos os navios. É-lhe atribuído um nome que perdura por toda a vida do navio. Há quem lhe chame "Triângulo das Bermudas", pois quando ali se cai, esquece-se de tudo.

Outros chamam-lhe "O Buraco Negro", pois ao fim de algum tempo tudo se apaga, etc, etc. Mas na Fragata Álvares Cabral o bar de praças chama-se "Chibas Pub", como se pode verificar quando se entra e como a primeira foto documenta.

De entre vários ornamentos, desde fitas de bonés de várias Marinhas, crestas de vários navios Portugueses e estrangeiros, ela lá está imponente e sobranceira, a famosa "Cabra", que se vai mantendo na antepara da bombordo, salvo raras excepções, ou seja como se diz por aqui, quando ela se "solta".....bem, mas isso são outras histórias.

Fotos: Francisco Gavancho (SCRS)

terça-feira, 13 de outubro de 2009

GHALHEKK META VALLETTA

Um sol radioso e uma temperatura amena, despediram-se de nós na manhã de segunda-feira. Para trás ficavam 5 dias de repouso, ou talvez não, e a recordação de um porto de visita diferente do que geralmente visitamos.

Na retina, ficam imagens de praias maravilhosas, parques temáticos, locais de mergulho excelentes, e a singular beleza das "nativas", tudo isto aliado á gastronomia onde o coelho é rei.

Mas o tempo não pára, e a missão também não, e agora é tempo de continuar a rumar a Este, para o cumprimento da mesma, e para olhar já com imensa saudade para as inúmeras fotos tiradas em Malta e dizer: «Ghalhekk meta Valletta» (Até sempre La Valletta).

Fotos: José Marques (SAWPJ)

domingo, 11 de outubro de 2009

AFINAL ELE EXISTE...!!!

Quando era criança sempre ouvi uma lengalenga que dizia:
«Era uma vez um gato maltês, tocava piano e falava francês»

Sendo uma daquelas lengalengas que ficam no ouvido, até pelo facto de existir outra do mesmo género mas com outros termos, nunca esperei vir a encontrar o dito cujo, ou seja o gato maltês. Mas na passada quinta-feira tudo mudou, quando me dirigia para o centro de La Valleta, encontrei, não um, mas vários e de varias cores.

Sem questionar se tocam piano ou falam francês, posso apenas dizer que até tem direito a um espaço destinado a eles que se chama "Cat Café", como a foto acima demonstra. E assim sendo lá foi mais um mito, mas outro apareceu, podem não tocar piano nem falar francês, mas abrem garrafas de agua de 1,5 litros, pois no espaço existem várias e umas vazias e outras meias.

Fotos: Francisco Gavancho (SCRS)

sábado, 10 de outubro de 2009

LA VALLETA - UM OLHAR SOB A CIDADE

Um passeio por La Valleta, revela-nos uma cidade com diversos traços britânicos, fruto da ocupação inglesa que durou até 1964.

À saída do cais onde estamos atracados, encontramos uma zona de bares e restaurantes, estrategicamente localizada, até pelo facto de em frente atracarem diariamente os cruzeiros turísticos que proliferam pelo Mediterrâneo.

Prosseguindo o caminho para o centro da cidade, começamos a encontrar diversos pontos de interesse, que convidam a uma fotografia e um olhar mais atento.

Uns metros antes das portas da cidade, fica a central rodoviária, onde podemos "apanhar" autocarro para qualquer parte da ilha. Os autocarros são um dos ex-libris da ilha.

À chegada das portas da cidade deparamos com uma rua que nos leva até ao outro lado da ilha e onde proliferam os espaços comerciais, desde lojas de "souvenirs" até ao incontornável "Macdonald´s".

Pelo caminho inúmeros monumentos, e estátuas vão contando a história desta Ilha.

Numa das paredes junto á St. John's Co-Cathedral podemos encontrar uma placa alusiva á visita do Papa João Paulo II á Ilha de Malta.

Nas traseiras da mesma Catedral, mais uma estátua alusiva á visita de outro Papa a esta ilha, neste caso o Papa Pio V.

Prosseguindo o passeio, o "desfile" de estátuas, estatuetas e monumentos vai continuando e embelezando uma rua já de si muito bonita.

Em amena "cavaqueira" com as esplanadas encontramos a Biblioteca com uma estátua á entrada, ostentando um faixa e um vestido, que apesar das inúmeras tentativas, acabamos por não saber o significado.

Mudando de rumo e descendo em direcção ao mar, ruas estreitas e carregadas de símbolos religiosos dão-nos as boas vindas e transportam-nos para uns séculos atrás, e para os tempos da Ordem de Malta.

Dizem que na Ilha existem mais 300 Catedrais e Igrejas, e neste passeio pela cidade deparamos com duas ou três de uma beleza e imponência fora do comum.

De regresso a bordo, mais monumentos alusivos á história de Malta continuam a aparecer aos nossos olhos.

Como é o caso deste, onde uma águia dourada lança um olhar sobre a cidade, como se preparando para um voo.

Por fim e antes de darmos por finda a volta, mais uma Catedral desponta no horizonte, convidando-nos para uma visita mais minuciosa.

Fotos: Francisco Gavancho (SCRS)