Entre o 1º e 3º século (DC), a parte sul de Omã era uma das regiões mais ricas do mundo, devido ao comercio do incenso, considerado o mais puro do mundo. A localização de Oman nas rotas mais importantes do comercio mundial, entre Africa, Asia e Europa garantiu a sua importância estrategica aos Portugueses que chegaram lá em 1507 com as viagens dos exploradores Vasco da Gama à procura do caminho para a India e de Afonso de Albuquerque, com a conquista Portuguesa de Goa(1510) e Malaca (1511).
Muscat, na época, era uma cidade localizada numa pequena, porém bem protegida baia com duas antigas fortificações.
As fundações destas fortificações foram aproveitadas pelos Portugueses para construir as fortalezas de Mirani e Jalali, ainda existentes.
Enquanto se caminha pela parte antiga da cidade, tendo a vista as torres dos fortes Mirani e Jalali (São João) e, por extensão o Palácio Qasr al Alam, do Sultão Qaboos bin Said.
Somos levados a pensar na presença Portuguesa ali e, em quase todo o lugar que estivesse no caminho que conduzia a Coroa Lusitana, no rasto dos seus interesses mercantis, desde a faixa da peninsula Ibérica até as mais remotas partes da Ásia Ocidental.
Os Portugueses somente se interessaram em ocupar partes estratégicas da costa e nunca tiveram intenções de controlar o interior do país.
Consequentemente, os Omanis do interior conseguiram expulsar os Portugueses em 1650. Esta data é considerada como o inicio da independencia do pais, fazendo Oman o mais antigo estado independente da região.
Com a vitória dos Omanis sobre os Portugueses em Muscat, a frota da Marinha Omani foi atrás dos Portugueses na costa leste de Africa.
Derrotaram-nos em Zanzibar e Pemba e em 1668, uma grande parte da costa já estava sob o controle do Sultão de Oman.
Em 1698, após manter os Portugueses cercados em Mombasa durante dois anos, os Omanis finalmente expulsaram-nos de vez da costa inteira (até á fronteira de Moçambique).
Os Omanis efectivamente dominaram a Costa Leste de Africa (a parte que hoje pertence á Somália, Quénia e Tanzania) a partir de 1698, sempre com a ajuda dos Britanicos.
Na actualidade e em 38 anos, Sultão Qaboos transformou Oman num pais moderno, porém com a preocupação em preservar as antigas tradições. Muscat foi recentemente votada uma das três cidades mais limpas do mundo, juntamente com Singapura e a capital do Brunei.
Fotos: Carlos Dias (SPRS), Luis Cerqueira (SPOW) e João Mendes (Sar C - CCY)
Texto parcialmente retirado do site www.acoriana.pt
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